ao som do jingle eleitoral Ex-deputado e virtual candidato à reeleição, Verissinho banca “arraiá itinerante” com dinheiro público

Data: 3 de julho de 2020

 

Os primeiros dias do mês de julho foram marcados por duas informações conflitantes na cidade de Pombal, no Sertão. A primeira foi liberação de R$ 4,2 milhões pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento à Covid-19 no município. A segunda foi uma carreata ao som de muito forró e que provocou aglomerações por onde passou na cidade. Mas não apenas isso. O prefeito, ex-deputado estadual Doutor Verissinho (MDB), mandou distribuir kits de higiene ao som do jingle da campanha eleitoral dele de 2016. E aí está o problema: ele é virtual candidato à reeleição.
As ações ocorreram na quarta-feira (1º) e na quinta-feira e não demoraram para viralizar nas redes sociais na cidade sertaneja. O “Arraiá Itinerante” foi puxado pela primeira-dama e atual secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Mayenne Van Bandeira Lacerda. Ela também já foi candidata na cidade, mas foi derrotada em 2012. As imagens mostram que durante a entrega de brindes, os moradores de bairros mais carentes da cidade são convidados a sair às ruas para dançar.
“Olha eu, olha eu aqui de novo, junto e misturado com o povo. Olha eu, olha eu aqui de novo. Pronto para trabalhar pelo povo”, era o refrão do jingle tocado no carro de som que puxava a ação coordenada pelo município. É a mesma utilizada na campanha eleitoral de 2016, segundo o checado pelo blog. Também foram distruídas máscaras com emblema da prefeitura para os moradores. A mobilização acontece no momento em que a cidade registra 154 casos do novo Coronavírus. O número de infectados no Estado beira os 50 mil e 1.044 pessoas morreram desde o início da pandemia.
De acordo com o checado pelo blog, as imagens já foram repassadas para o Ministério Público. O órgão, vale ressaltar, tem aberto investigações sobre iniciativas semelhantes ocorridas em outros municípios. Pelo novo calendário eleitoral, a campanha de rua terá início após os registros de candidatura em 26 de setembro. Qualquer manifestação anterior a isso, principalmente com uso de dinheiro público, pode ser considerado crime eleitoral. Fonte suetoni Souto



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